domingo, 7 de junho de 2009
DISCURSOS AO MUNDO (George W. Bush vs Barack Obama)
George W. Bush
Ao longo do seu discurso, o presidente americano da época, fala à América de uma resposta aos ataques terroristas e de fé e religião.
“As imagens (…) deixaram-nos estupefactos, cheios de enorme tristeza, mas também de uma ira silenciosa, mas firme.” É assim que este inicia o se discurso e de forma encorajadora refere também, “A América foi alvo destes ataques porque nós somos o mais brilhante farol de liberdade e oportunidade; e ninguém conseguirá impedir que este farol continue a brilhar.”. E é nu profundo sentimento de revolta que diz, “dei ordem de activação dos nossos planos de resposta (…) Temos um exército poderoso, e um exército preparado. (…) Já foi iniciada a investigação par identificar os mandantes destes actos (…). Não faremos distinção entre terroristas (…) e aqueles que os protegem.”. Bastante confiante da força que tem, a potência mundial que governava na época, afirma “A América já derrotou outros inimigos, e o mesmo fará desta vez.”. Falando de forma revoltada e confiante, ao seu país e ao seu povo, defendendo uma resposta a estes ataques terroristas, termina o seu discurso com uma frase um pouco contraditória à sua posição tomada até então. Que ao invés de apelar à “guerra” apela à paz entre os seres, e apoiando-se na religião diz rezar pelo seu povo e refere uma frase do salmo 23, “Mesmo que atravesse vales sombrios, nenhum mal temerei, porque Vós estais comigo.”. No entanto, apesar desta visão religiosa, Bush mantém a sua posição a favor desta guerra com o Médio Oriente, facto comprovado pelo primeiro-ministro israelita, como podemos ver na edição do dia 4 de Janeiro do JN. “Fui encorajado pela posição do presidente norte-americano, George Bush, que me disse que não só devíamos garantir que o Hamas põe fim ao lançamento de foguetes mas também não terá a possibilidade de recomeçar, no futuro.”. Para além de tudo isso, na mesma edição, podemos também ver publicado que “O Conselho de Segurança da ONU (…) elaborou uma declaração (…) que visava apelar por igual a Israel e ao Hamas para pararem as operações militares. Esta declaração acabou por ser impedida pelos EUA.”.
Barack Obama
No discurso feito após a sua vitória nas eleições, Obama tem um discurso simples e directo para todos os escalões sociais, um discurso que apela à paz e à união dos cidadãos, mas acima de tudo à igualdade entre as pessoas. Obama refere, então, no seu discurso “nunca esquecerei a quem pertence verdadeiramente esta vitória. Ela pertence-vos a vós.”. De forma bastante consciente este admite também saber que, apesar das comemorações, grandes desafios, talvez os maiores das suas vidas, aguardam por todos os cidadãos Americanos, como as duas guerras, por exemplo. E num tom solidário relembra “Enquanto estamos aqui esta noite, sabemos que há americanos corajosos a acordarem nos desertos do Iraque e nas montanhas do Afeganistão para arriscarem as suas vidas por nós.”. Falando sempre de igual para igual, Obama encara este desafio, de melhorar a América, como um desafio do país e não seu, “Este é o nosso momento”, refere. E mantendo-se sempre num pé de igualdade promete, “serei sempre honesto convosco sobre os desafios que enfrentaremos. Ouvir-vos-ei, especialmente quando discordarmos.”. Porém apesar da sua maneira de ser simples e dos seus discursos directos para o povo, num tom de quem não se sente mais do que os seus apoiantes, Obama também tem quem seja contra os seus ideais. Veja-se, por exemplo, o grande literário português, José Saramago, que recrimina o facto de Obama querer manter uma “relação especial” com Israel, dizendo que “Se a Barack Obama não lhe repugna tomar o seu chá com verdugos e criminosos de guerra, bom proveito lhe faça, mas não conte com a aprovação da gente honesta.”. No entanto, José Saramago, vai mais longe e não se importa de poder ferir susceptibilidades, como podemos ver no seguinte excerto, onde se dirige a Obama com uma certa ironia: “Ao longo da campanha eleitoral Barack Obama, (…), soube dar de si mesmo a imagem de um pai estremoso. Isso me leva a sugerir-lhe que conte esta noite uma história às suas filhas antes de adormecerem, a história de um barco que transportava quatro toneladas de medicamentos para acudir à terrível situação sanitária da população de Gaza e que esse barco, Dignidade era o seu nome, foi destruído por um ataque de forças navais israelitas sob o pretexto de que não tinha autorização para atracar nas suas costas (julgava eu, afinal ignorante, que as costas de Gaza eram palestinas…) E não se surpreenda se uma das suas filhas, ou as duas em coro, lhe disserem: «Não te canses, papá, já sabemos o que é uma relação especial, chama-se cumplicidade no crime.»”.
Ao analisarmos estes dois excertos políticos, que em pouco são idênticos, podemos ver formas de discursas bastante diferentes. E mesmo não agradando a “gregos e a troianos”,
Até que ponto podemos dizer que estes discursos são 100% sinceros e não um mero jogo de palavras construído para “manipular” os cidadãos?
Pode tudo isto ter sido pensado com base na psicologia humana com o intuito de sensibilizar os cidadãos, de uma forma ou de outra, e assim conseguir mais apoios e apoiantes.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Crianças Bomba
Como é possível convencer uma criança a um gesto derradeiro e que representa a destruição definitiva do único valor que possui – a vida?
Como é possível intoxicar uma criança para ter uma atitude niilista como esta, quando ela devia era brincar, aprender, valorizar-se pela educação?
segundo o que nos é mostrado, as crianças são convencidas pala sua cultura que devem esse sacrifício a sua religião, devem a Ala. São influenciadas pelos seus educadores com promessas de alcançarem o paraíso.
Na nossa maneira de ver e pensar como cidadãos de uma cultura ocidental, este tipo de comportamento e naturalmente detestável, moralmente incorrecto e humanamente intolerável.
Como é que nós ocidentais vamos conviver com este fenómeno terrorista, cada vez mais globalizado?
Desde o século VII que o Islão combate os infiéis – cristãos e judeus. O islamismo tem funcionado, essencialmente, como cimento de identidade colectiva – é-se muçulmano, antes de se ser saudita, líbio, marroquino, egípcio, sudanês, paquistanês ou indonésio.
Da leitura do Corão, não se pode concluir, obrigatoriamente, a necessidade duma guerra santa. O Corão, na essência, faz a apologia da paz e do amor. Uma leitura de carácter mais belicoso, feita por fundamentalistas, é que tem conduzido a guerras, morticínios e atrocidades em nome de Deus. Temos que reconhecer que os cristãos também têm contribuído para agravar este estado de coisas, de que são exemplo as Cruzadas.
No momento actual, o Mundo está essencialmente, dividido em dois blocos religiosos, dum lado os cristãos e os judeus e do outro lado os muçulmanos.
Israel é, normalmente, apontado como causa, origem ou finalidade do “rastilho” aceso no Médio Oriente. Por outro lado, a guerra politicamente injustificada e socialmente incompreendida provocada no Iraque, fez explodir a espiral de violência, à escala global.
sábado, 30 de maio de 2009
O jogo "Call of Duty 4" inserido no tema...
Call of Duty 4: Modern Warfare é um jogo FPS (first-person shooter), desenvolvido pela Infinity Ward e publicado pela Activision. É a quarta parcela, da série Call of Duty, excluindo packs de expansão . O jogo põe de lado a II Guerra Mundial definição dos jogos anteriores da série e é fixado em vez disso nos tempos modernos, que é o que retratamos neste trabalho, pois as guerras que acontecem no Médio Oriente ainda não se acabaram.
A história tem lugar num quase-ficcional futuro, onde um líder radical foi assassinado num golpe de Estado no Médio Oriente, e um movimento "ultra-nacionalista" tem provocado uma guerra civil na Rússia. Os acontecimentos dos conflitos são vistos na perspectiva de um americano e um britânico, e são estabelecidos em vários locais, incluindo o Médio Oriente, Azerbaijão, Rússia e Prypiat, Ucrânia.
Neste jogo, podemos ver como é a guerra no Médio Oriente, mas sempre tomando partidos de uma facção "Boa", e nunca podendo optar por jogar pelo lado dos "Maus". A nível de de história está muito realista, com tiroteios, raptos, capturas, assassinatos, e outro monte de coisas. Mas o mais importante neste jogo, e que está inteiramente ligado ao nosso trabalho é o facto de este passar uma mensagem negativa de um dos lados.
Isto traduz-se numa mudança psicológica que as pessoas tem de ambas as partes evolventes no jogo, e como isto é um jogo, é maioritariamente jogado por jovens, que desde cedo começar a levar com "campanhas" para escolherem um dos lados. Imaginemos agora que um jovem acaba de jogar este jogo, mas antes disso nunca tinha ouvido falar da guerra nem dos seus envolventes. E entra para uma turma nova e um dos seus companheiros de turma e muçulmano, o jovem á partida já não vai ter o mesmo tipo de reacção que teria se não tivesse jogado, e o muçulmano não tem culpa nenhuma do que se anda a passar. Isto é um dos muitos exemplos das conclusões que se pode tirar sobre os efeitos psicológicos deste tipo de jogos, e deixamos aqui uma pergunta para terminar.
Será que é o governo que controla o tipo de história que um jogo pode ter ou não, e o tipo de opções que podemos fazer?
quinta-feira, 26 de março de 2009
"NÃO CONFIAR EM NINGUÉM. DESCONFIAR DE TODOS." - Dualidades (Heroí/Vilão) - O Anti-heroí -
É uma das mensagens que podemos constatar durante todo o filme. Desde a primeira até à última cena, somos invadidos por um clima de desconfiança que caracteriza as personagens principais.
Sobreposta à desconfiança,a ansiedade, a dúvida de quem será apanhado primeiro, quem terá razão e se de facto a terá. Será que existem justificações para tais actos?
A morte de inocentes para desmascarar os líderes das organizações terroristas é um dos temas recorrentes neste filme. Será que os meios justificam os fins?
O clima que o filme apresenta é de insegurança e enfatiza isso com alguns atentados terroristas na Europa. É um cenário pós 11 de Setembro aliado ao combate a um terrorismo sem faces.
Ed Hoffman (Crowe) nem sempre segue as regras da ética e do bom relacionamento. O que realmente interessa a este agente da CIA são os resultados finais.Pouco importa como se chega aos objectivos.
Por sua vez, Roger Ferris(Dicaprio), agente infiltrado, encoberto e eficiente que domina a língua e costumes árabes, tenta coexistir com uma moralidade própria condizente com os valores do seu país. Forjar relacionamentos no Médio Oriente mas respeitando-os. Conta com a ajuda do Chefe dos Serviços Secretos da Jordânia.
Existe uma dualidade muito acentuada na forma como as situações são analisadas porque a verdade é que, muitas das vezes precisamos que haja o Bom e o Mau, o Heroí e o Vilão.
O mais irónico é quando o agente Roger Ferris (Dicaprio) é capturado pelos terroristas e posteriormente torturado. Quem vem no seu auxílio é o Chefe dos Serviços Secretos da Jordânia e não Ed Hoffman.
Esta personagem, Hanni Salaam (Mark Strong)pede a Roger Ferris para nunca lhe mentir e acrescenta:
"As operações verdadeiras dos serviços secretos ficam secretas para sempre.Vocês,americanos, não conseguem entender isso. São incapazes de guardar segredos,por serem uma democracia.Mas nós não temos esse problema. No que toca à glória,ahlan wa sahlan,é toda vossa."
Hanni Salaam ajuda, de certa forma, a desmistificar um pouco a imagem que se criou de que "os bons" tem de estar sempre do mesmo lado em ruptura com outro tipo de culturas consideradas menores. Estão presentes algumas características do anti-heroí que,neste caso, não só salva o agente americano como consegue apanhar o cabecilha principal da rede terrorista que operava a partir da Jordânia.
domingo, 22 de março de 2009
Acerca do filme...
O filme, "O Corpo da Mentira", aborda muito bem o tema da guerra do Iraque sem tomar partido de alguma das facções envolvidas neste conflito. É, sobretudo, uma visão actual e realista.
Este filme baseia-se num livro publicado em Portugal, no ano de 2007, pela Bertrand Editora, escrito por David Ignatius
SINOPSE
Está aberta a caça da CIA para capturar o responsável por uma vaga de ataques terroristas. Roger Ferris é o homem da agência destacado, movendo-se de um local para o outro, e fazendo o possível por estar sempre informado sobre as constantes alterações de cenário. Um olho no céu - uma ligação de satélite - vigia Ferris. Do outro lado desta ligação encontra-se o agente da CIA Ed Hoffman, responsável por acções a milhares de quilómetros de distancia. À medida que Ferris se aproxima do seu objectivo, percebe que confiar pode ser tão perigoso quanto necessário para sobreviver.
Leonardo DiCaprio (como Ferris) e Russell Crowe (como Hoffman) são os protagonistas de O Corpo Da Mentira, um filme adaptado por William Monahan, (The Departed: Entre Inimigos) a partir da obra de David Ignatius.
Ridley Scott (Gangster Americano, Cercados) realiza esta história de grande impacto com fantásticas sequências de acção lançando os espectadores num arrojado filme de espionagem dos tempos modernos.
REALIZADOR
Ridley Scott
INTÉRPRETES
Leonardo DiCaprio, Russell Crowe, Mark Strong, Golshifteh Farahani, Oscar Isaac, Simon McBurney.
Informação retirada da capa do DVD.
Iremos retirar aspectos importantes que estejam relacionados com Psicologia da Comunicação.
Ao longo do tempo iremos postar comentários e artigos acerca do mesmo.
Até breve.